História de Ibituruna

Conhecida como “Berço da Pátria Mineira”, foi o primeiro povoado fundado em Minas Gerais, em 1674, pelo bandeirante Fernão Dias Paes Leme. Este, ao transpor o Rio Grande, estabeleceu o arraial, deixando no local um marco (pedra que marcava a sesmaria) até hoje existente e muito visitado pelos turistas. Segundo Diogo de Vasconcelos, Ibituruna significa “Serra Negra” e, para Martius, “Nuvem Negra”. Em 1962, Ibituruna foi emancipada, passando à categoria de município.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Memória Histórica de Ibituruna – Primeiro Povoado Mineiro

– Todo o Contéudo faz Referência ao  livro (Memória Histórica de Ibituruna, Primeiro Povoado Mineiro) de Maria do Rosário de Pompéia.Observações :

– O objetivo da obra é divulgar o pouco que foi coletado sobre o Município de Ibituruna, sem pretensão alguma segundo a autora de escrever um livro de História.

 

1 – Sobre A Origem do Topônimo

Ibituruna é a única localidade das fundadas pela Bandeira de Fernão Dias que conserva o seu nome primitivo até hoje. O que é encontrado em documentos são variações que existiram em função do linguajar dos primeiros moradores, os índios e os portugueses, estes últimos trocando o “b” pelo “v” ou também, em registros descuidados e em pronúncias populares, descompromissadas com a palavra correta e com a estética. Essas variações, segundo vários historiadores, são as seguintes : Voturuna, Vituruna (mais antigas), Buturuna, Boturuna, Botrunas, Juvituruna e itaruna. Esta última foi usada em documentos dos oitocentos, em decorrência de um erro gráfico cometido no texto da Lei n° 1663 de 16 de setembro de 1870, referindo-se á Ibituruna. Ibituruna vem do vocábulo Tupy “Ibityr – una” – que significa o” monte negro” a “serra negra”.

 

2 – Emancipação Político – Administrativa :

1° de março de 1963. Era um dia de júbilo. Ainda pela madrugada, ao frescor do sereno, a Banda de Música percorreu as ruas de terra vermelha, executando dobrados festivos, acordando a população para o amanhecer de uma nova era. Ibituruna, com 290 anos passaria naquele dia a comandar o seu próprio destino, tornando-se emancipada. Durante o dia todo, a população comemorou com várias manifestações, incluindo também a beleza de um Te Deum solene cantado na Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante.

O Município foi criado pela Lei n° 2764 de 30 de dezembro de 1962, época em que várias localidades também foram contempladas com a sua emancipação político – administrativa.

Nesse dia, após serem chamados os vereadores eleitos para a primeira Câmara de Ibituruna, votaram-se também para Presidente e Vice-Presidente da Câmara. Havendo sido eleito Presidente o Sr. Abelard Batista Teixeira o mais votado dos vereadores, tornou-se Intendente, administrando o Município de Ibituruna no período de 1° de março de 1963 a 30 de julho do mesmo ano.

Os vereadores eleitos para a primeira Câmara do Município foram os seguintes:

  • Alberto Ribeiro de carvalho
  • Aderbal Tabanez
  • Antônio Quirino da Silva
  • Miguel Arcanjo Machado
  • Sebastião Teodoro de Andrade
  • Vicente Milton de Carvalho

A nascente Prefeitura de Ibituruna teve como seus primeiros funcionários, colocados pelo Intendente Abelard Batista e nomeados pelo Prefeito Antonio Bolognani, aos 16 de dezembro de 1963 , os seguintes cidadãos:

  • Carlito de Souza Pinto – Chefe do Serviço da Fazenda
  • José Antonio de Resende (Zé Canuto) – Fiscal dos Serviços da Água
  • Senhorita Terezinha Andrade (Teté) – Primeira Secretária
  • Antonio Francisco Filho – Secretario da Câmara

Não tinha a Prefeitura prédio próprio, funcionando durante muitos anos em duas salas da velha casa das senhoritas Lourdes e Alfonsina, casa situada defronte á casa da Teté, á Rua Regina Nicolau.

Hoje a Prefeitura já conta com dependências próprias, bem equipadas, serviços informatizados e outros modernos recursos. O primeiro prefeito eleito para administrar Ibituruna, de 26 de setembro de 1963 até 20 de fevereiro de 1967, foi Antônio Bolognani e o seu Vice, Ivo Castorino de Andrade Filho.

 

3 – Sobre o Brasão de Ibituruna

A Bandeira e o Brasão de Ibituruna não se sabe ao certo foram criados por Terezinha Andrade (Teté), ou por um grupo de pessoas até então desconhecidas, durante o mandato do Sr. Francisco Braga Neto, pela Lei n° 15/78 de 30 de junho de 1978. A bandeira é verde com uma larga faixa branca contornada de marrom e ao centro o escudo do Município.

O sol que aparece na parte superior do escudo simboliza o amanhecer. Ibituruna é o amanhecer, a aurora de Minas gerais, o raiar da civilização mineira. Ao meio há uma figura triangular envolvendo uma pá e uma picareta, ambas simbolizando a exploração aurífera e de pedras preciosas empreendida pelo fundador, Fernão Dias, cujo nome encontra-se escrito na base desse triângulo. Logo abaixo, uma cabeça de boi, significando a economia oriunda do gado bovino e, de cada lado um galho de café, mostrando que essa cultura é fator de enriquecimento para Ibituruna . O triângulo marrom, na parte superior do corpo do escudo representa o minério de ferro e o círculo da mesma cor, jazidas em exploração.

Na faixa estão escritos o nome de Ibituruna e, de cada lado duas datas: 1674, o ano de fundação do povoado e 1963, o ano de emancipação político administrativa. Entretanto, é necessário que se substitua com urgência essa data, pois, realmente, Ibituruna foi fundada em 1673.

 

4 – Comidas típicas da região de Ibituruna

Como todo bom mineiro, os Ibiturunenses têm como pratos principais, o arroz com feijão, angu, carne de porco, torresmo e couve. Variando, pareciam-se o tutu, a feijoada, legumes e verduras em geral. Nas zonas rurais, o melado com queijo, ou requeijão, e o leite com angu, após o almoço, não podiam faltar. Por falar em queijo, quem não conhece a qualidade do queijo fabricado pelo Tião da Onça, ou Tião Abreu?

Como está situada em um ângulo privilegiado, formado pelos Rios das Mortes e Grande, Ibituruna é pródiga em peixes, especialmente o “dourado”. Essa fartura de peixes atrai muitos pescadores de longe, que movimentam as margens e constroem seus ranchos de pescas.

A principal bebida desse povo hospitaleiro é o café. Café com biscoito de polvilho, pão-de-queijo e broa de fubá. Mas, não pode ficar esquecida a famosa cachacinha que , em ibituruna , não tem defeito. Fabricada ali,é de primeira mesmo! E desde antigamente é fabricada pelos “Machadeiros”, na Fazenda da Rocha.

Os doces são geralmente feitos nas fazendas, como o famoso docinho seco de leite , o doce de leite, arroz doce, goiabada e principalmente a goiabada cascão, e muitos outros, não se esquecendo também os famosos licores que as senhoras antigas gostavam de servir ás suas visitas.

 

5 – A festa do Padroeiro

Além da semana Santa, outros festejos religiosos fazem parte da tradição em Ibituruna. A festa do Padroeiro, São Gonçalo do Amarante, é a primeira delas. Em tempos passados , o dia do Padroeiro era celebrado juntamente com a festa de São Sebastião, 20 de janeiro. OS três dias de festa eram distribuídos de sorte que poderiam ser 18,19 e 20 de janeiro, ou 20,21 e 22, comemorando-se São Gonçalo, Santa Terezinha e São Sebastião, este deveria ser sempre dia 20 de janeiro.

Tempos depois , soube-se que o antigo vigário, Padre José Jorge Nicolau, encontrou um velho missal, onde está registrado o dia de São Gonçalo como sendo o dia 28 de janeiro. Os festejos foram então foram transferidos para esta data e permaneceram ate agora, quando se resolveu colocar São Gonçalo no dia primeiro de fevereiro. A festa de janeiro constitui-se de Missas, Procissões, Leilões de gado e de prendas, bandas de música e muita animação.

runa , não tem defeito. Fabricada ali,é de primeira mesmo! E desde antigamente é fabricada pelos “Machadeiros”, na Fazenda da Rocha.

Os doces são geralmente feitos nas fazendas, como o famoso docinho seco de leite , o doce de leite, arroz doce, goiabada e principalmente a goiabada cascão, e muitos outros, não se esquecendo também os famosos licores que as senhoras antigas gostavam de servir ás suas visitas.